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02.06.2023 Epidemiologia

Impacto dos fatores de risco

Quase metade das mortes por câncer em 2019 é atribuível a tabagismo, uso de bebidas alcóolicas e obesidade

Créditos: Rodrigo Teixeira | Punto Comunicação

O tabagismo, o uso de bebidas alcoólicas e a obesidade (com Índice de Massa Corporal elevado) – três condições potencialmente manejáveis – foram os fatores de risco que mais contribuíram para a mortalidade por câncer em 2019. No total, 4,45 milhões de vidas foram perdidas nesse ano por tumores atribuíveis a riscos comportamentais, metabólicos e ambientais. É o equivalente a quase metade (44,4%) de todas as mortes por câncer no período. E mais: de 2010 a 2019, essa carga cresceu 20,4%, com destaque para o crescimento do impacto da obesidade.

A descoberta do grande impacto dos fatores de risco na mortalidade por câncer foi feita por uma equipe do Institute for Health Metrics and Evaluation, um centro de pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. O grupo analisou dados do estudo Global Burden of Diseases, Injuries and Risk Factors (GBD) de 2019 e publicou os resultados na revista The Lancet

Embora a ciência não tenha desvendado todos os mecanismos que causam a doença, os efeitos dos fatores de risco na biologia celular e o seu envolvimento no câncer são conhecidos. O perigo oferecido pelas bebidas alcoólicas e tabaco, por exemplo, é proporcional à quantidade consumida. 

No ano em evidência, 50,6% de todas as mortes masculinas tiveram relação com o câncer atribuível ao risco, taxa que para as mulheres foi de 36,3%. Por essa classificação, os tumores que mais mataram homens e mulheres foram de tranqueia, brônquios e pulmão (36,9%), seguidos pelos tumores de colo do útero, cólon e reto e de mama em mulheres e de cólon e reto, esôfago e estômago em homens.  

A Europa Central (Alemanha, Áustria, Hungria, Suíça, Polônia, entre outros) é a região que teve maior incidência de mortes por tumores atribuíveis ao risco (82 mortes por 100 mil habitantes). Depois vem o leste da Ásia (69,8 por 100 mil), a América do Norte de alta renda (66 por 100 mil), a parte sul da América Latina (64,2 por 100 mil) e a Europa Ocidental (63,8 por 100 mil).

* É permitida a republicação das reportagens e artigos em meios digitais de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND.
O texto não deve ser editado e a autoria deve ser atribuída, incluindo a fonte (Science Arena).

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